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MARAVILHOSA, Rio de Janeiro, Brazil
Diante de tanta contradição da vida, aprendi que devo ter alto astral acima de qualquer coisa!Eu nunca imaginei que seria pedagoga. Não me preparei para isso. Ela chegou sem que eu preparasse o seu caminho e por isso fiquei tão apaixonada. Essa é para mim a profissão mais linda e digna que existe... Sem sonharmos e idealizarmos algo melhor, nunca poderemos alcançar um diferencial.Essa é minha ideologia e não posso deixar que apaguem por não acreditarem que existe solução para a educação do nosso país,"Não,podemos viver sem ideologias, ter sucesso sem acreditar em valores fortes, concretos,lutar por nossos objetivos sem acreditar que eles serão alcançados,almejar uma vida de realizações soterrando nossas verdadeiras crenças.Tenha suas ideologias muito bem definidas e paute sua vida sobre elas. Não tenha medo do que os outros vão pensar se você está realmente convicto no que acredita ser o certo,não tenha medo de fracassar embasado nelas, aprenda que neste mundo nada é absolutamente ruim ou bom e que sempre,terá que defender suas escolhas e pagar por elas." Eu estou consciente pela escolha que fiz na minha vida profissional,e você?

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Este espaço é algo criado por mim para dividir, com todos que, assim como eu, adoram de fato o que fazem dentro da educação, um pouco do que pesquiso na internet e também do que tenho de material voltado à esta área que de fato sou louca de paixão.

Peço desculpas pela demora em atualizar os conteúdos.

No mais, a todos que visitam este blog, espero que até o momento tudo que há de conteúdo esteja sendo agradável.

Com carinho,

Lu Moraes
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“Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática”

(Paulo Freire, em “A educação na cidade”)

“Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes" Gabriel Chalita

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Eu fico com a pureza da resposta das crianças: a vida é bonita.
Viver e não ter a vergonha de ser feliz.
Cantar e... cantar e ...cantar a eterna beleza de ser aprendiz.
Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.
Mas issoo impede que eu repita: é bonita, é bonita, é bonita!
(Gonzaguinha).

"Há os que adquirem conhecimento pelo valor do conhecimento - e isto é vaidade de baixo nível. Mas há os que desejam tê-lo para edificar outros - e isto é amor. E há outros que o desejam para que eles mesmos sejam edificados - e isto é sabedoria." - (Bernardo de Claraval)
"Todas as postagens que não são de minha autoria é dado o devido crédito e citado a fonte, até porque quando se copia algo de alguem a intenção não é fazer plágio, e sim divulgar as informações para um maior número de pessoas favorecendo assim o conhecimento."
Lucia Araújo/cc: Luciana Moraes

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Jean Piaget - Fases do desenvolvimento

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Como diminuir as dificuldades de aprendizagem e em sala de aula


Uma das tarefas primordiais dos professores de Língua Materna – Língua Portuguesa – e, em especial, dos alfabetizadores é a formação do leitor e escritor competentes. Enfatizo a importância  dos alfabetizadores, pois são eles os primeiros responsáveis pelo contato sistemático das crianças com a língua escrita.

Neste artigo, faço algumas  reflexões  sobre leitura, escrita e ortografia, na tentativa de sugerir estratégias que norteiem o professor para orientar o aluno  na construção de uma escrita coerente e ortograficamente correta, como também na formação de uma leitura significativa, aquela que envolve a compreensão do sentido global do texto e ultrapassa  a decodificação mecânica de palavra por palavra, letra por letra, que ao invés de ajudar, faz é atrapalhar.

Com esse objetivo, proponho alternativas de trabalhos com textos  e didáticas para implantação tanto no ensino fundamental como para o ensino médio, baseadas  nas idéias  de Frank Smith 
(“Compreendendo a Leitura”, fornecido pela biblioteca Vicente Martins), João Vadeley Geraldi (“Prática da Leitura na Escola”), Nadja da Costa R. Moreira ( “Orientações para o Ensino da Leitura”) e outros mais citados na bibliografia, em que enfatizam o desenvolvimento das habilidades de raciocínio de leitura e escrita.

METODOLOGIA

A leitura e a escrita são processos comuns aos seres humanos desde muito tempo, apesar de terem sido durante alguns séculos proibidos para uns (caso das mulheres) e liberados para outros ( como é o caso da nobreza) . Depois da invenção das escolas, passou-se a ter a preocupação em ensinar com eficiência a ler e a escrever, tarefa não tão simples, pois até hoje, estudiosos e professores procuram esta tão sonhada fórmula  para orientar bem  o ensino de uma leitura crítica e uma escrita significativa. E, antes de qualquer sugestão metodológica, é preciso conceituar, em cada momento da reflexão, leitura, escrita e ortografia sem trair a concepção  dos autores estudados.

Começarei com a leitura, um dos problemas mais preocupantes para os professores de Língua Portuguesa, já que os alunos, a cada dia, criam uma certa aversão à leitura. Dentre os autores analisados apego-me a  Geraldi (1999, p. 91) que afirma:“... a  leitura é um processo de interlocução entre leitor / autor mediado pelo texto. Encontro com o autor, ausente, que se dá pela sua palavra escrita.”, ou seja, ler é interpretar e compreender  o que o autor  quer transmitir  tanto nas linhas como nas entrelinhas.

“O entendimento ou compreensão é a base da leitura  e do aprendizado desta. (...) Aprendemos  a ler, e aprendemos através da leitura, acrescentado coisas àquilo que já sabemos.” (Smith, 2003, p. 21)

Baseada nas idéias de Smith, creio não trair o autor citado se disser que a  leitura é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação dos símbolos gráficos , de códigos, requer que o indivíduo seja capaz  de interpretar  o material lido, comparando-o  à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo matenha um comportamento ativo diante da leitura.  Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para a compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado na memória sem uso, até que se tenha condições cognitivas (conhecimento)  para utilizar.

Esta compreensão do texto, citado no parágrafo anterior, é um processo que se caracteriza pela utilização do conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao logo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento lingüístico, o textual, o conhecimento de mundo que o leitor consegue construir o sentido do texto.

Os conhecimentos relacionados acima são importantes para uma leitura de qualidade, pois  cada um tem uma função diante da leitura. O conhecimento lingüístico abrange desde o conhecimento  sobre pronunciar  o português, passando pelo conhecimento  de vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua.  Já o conhecimento do texto refere-se as noções e conceitos sobre o texto (Quanto mais conhecimento textual o leitor tiver, quanto maior a sua exposição a todo tipo de texto, mais fácil será a sua compreensão). O outro conhecimento, o conhecimento de mundo, é adquirido informalmente, através das experiências, do   convívio numa sociedade, cuja ativação, no momento oportuno, é também essencial à compreensão de um texto.

Se estes conhecimentos não forem respeitados,  o objetivo e  aprendizagem da leitura não serão alcançados. Isso acontece muito nas escolas, principalmente nas tradicionalistas. A maioria dos educadores de Língua Portuguesa, preocupados em seguir um plano didático, oferecem aos estudantes leituras de níveis bem superiores aos deles, proporcionando perplexidade dos mesmos diante do texto lido devido a incompreensão gerada por deficiência em algum conhecimento ou em todos citados acima.

Cito, como exemplo do que foi exposto no parágrafo anterior, um trecho do ensaio: “Os brasileiros – uma nova interpretação”, de Roberto Pompeu de Toledo (Revista Veja, 03 de maio, 2006):

“O presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, disse ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que foi ao ar na segunda-feira, que as filas nas unidades de atendimanto do órgão se devem a uma “questão cultural”.

Seria um traço do povo brasileiro já tão arraigado na consciência  coletiva que contra ele se esboroam  as boas intenções das autoridades. A frase completa foi: ‘Por uma questão cultural, o segurado tem receio e acaba chegando muito cedo...’”

A compreensão do trecho  acima pode ficar comprometida se o leitor não tiver um dos conhecimentos como o lingüístico, o textual ou o conhecimento de mundo, ou seja, se não entender o vocabulário ( como o significado das palavras arraigado  ou esboroam) , nem o tipo de texto (como no caso se é ensaio ou artigo) e nem tão pouco se não souber o que é o INSS, ou seja conhecimento de mundo..

Para amenizar as dificuldades de interpretação e compreensão de um texto, Smith (2003, p. 84) aconselha que a leitura seja rápida, seletiva e compatível ao que o leitor já sabe. Smith quis dizer que a leitura seja rápida e não descuidada, o leitor deve utilizar as informações não visuais (conhecimento prévio) para evitar ser confundido com uma leitura lenta, ou seja, uma leitura que busca  muitas informações ao mesmo tempo, como vocabular, textual ou as informações implícitas.

Para se conseguir esta leitura rápida,  seletiva e ao nível dos alunos, é preciso planejar antes, observar se os textos escolhidos  realmente estão no nível  dos educandos e a partir desse entendimento trabalhar com projetos.

Sabidos de que não é tão fácil de resolver este problema de dificuldades na leitura, proponho algumas condições que o professor de língua materna deve aceitar. Um  dos primeiros passos para um bom desenvolvimento da leitura é acabar  com o pensamento de muitos educadores de que leitura é uma forma de castigo, tirando a idéia lúdica do ato de ler, como mostra Geraldi (1999, p. 97)

“A fruição, o prazer, estão excluídos (...) A escola, reproduzindo o sistema e preparando para ele, exclui qualquer atividade não rendosa: lê-se um romance para preencher uma famigerada ficha de leitura, para se fazer uma prova ou até mesmo para se ver livre da recuperação.”

Deve-se entender que a leitura não deve ser uma apologia da dureza, da insensibilidade, da frieza, repressão e do medo. Esses atos podem transformar-se em efeitos colaterais catastróficos.

Pode até parecer absurdo, mas muitas escolas, principalmente as privadas, usam e abusam deste método tão  condenável para quem realmente sabe o significado do que é ler, gosta e quer aprender ou ensinar a ler. Além desta situação citada acima, ainda existe os vestibulares que apóiam, de  forma indireta, e obrigam aos candidatos a lerem os livros selecionados pela comissão executiva do vestibular no intuito de saberem responder as perguntas da prova de seleção, que muitas vezes são mal elaboradas e que de certa forma duvidam da inteligência dos candidatos, além  de mostrar que não é preciso ler a obra na íntegra para saber responder algumas perguntas, fazendo assim apologia à leitura de resumos comentados. Como é o caso da prova de Língua Portuguesa,  do vestibular da UVA (Universidade Estadual  Vale do Acaraú) de 2005.2, em que na questão de número 06 (seis) pergunta-se qual o personagem principal da obra em questão). Esta questão é totalmente contrária ao pensamento da leitura crítica. Será que com tantas possibilidades de acesso as informações de livros, o  aluno precisará ler a obra para ter esta informação?

Os professores de Língua Portuguesa trabalham leitura dentro e fora da sala de aula, na intenção de amenizar as dificuldades de ler. E é com a interação de diversos métodos de trabalho como a roda de leitura, os encontros literários (obras literárias apresentadas em forma de paródias, poesias, literatura de cordel, apresentações teatrais), paráfrases, jogos de adivinhações literárias, além  das reflexões, interpretações e compreensões de textos através de perguntas coerentes que levem o aluno a pensar e participar das aulas de uma forma lúdica que os docentes apostam na melhoria desse antigo problema.

São vários os métodos para se trabalhar leitura. Começarei esta apresentação com a roda de leitura, oficina muito interessante que dá oportunidade do aluno  escolher uma obra dentre muitas selecionada pelo professor referente à escola literária estudada no momento (cerca de uns 30 livros). Para trabalhar com a roda de leitura não é necessário usar somente obras literárias  pode ser feita com textos mais curtos, como ensaios, contos, crônicas, entrevistas, textos jornalísticos etc.. Nesta oficina, o educando tem a oportunidade de se expressar, de apresentar o livro lido de uma maneira mais informal, com expressões próprias e com a ajuda de outros colegas que também tenham lido o mesmo texto. A exposição dos discentes são seguidas de momentos de reflexões coordenadas pelo professor ou pelos outros alunos da sala. Este método além de proporcionar aprendizagem, também incentiva outros alunos a ler as obras apresentadas.

 Condemarín e Medina (2005, p. 45) afirmam que: “... Os círculos literários são discussões sobre literatura coordenadas pelo professor incluindo toda a classe, ou realizadas em  pequenos grupos formadas por duplas. (...) Os alunos participam do diálogo para interpretar ou explicar  o conteúdo. Na medida em que dão atenção  ao argumento, motivos e características dos personagens, aos conflitos que ocorrem  dentro da história e suas soluções, eles constroem um amplo leque de significados que relacionam e ampliam suas próprias experiências.”

Os encontros literários também fazem parte do processo do ensino de leitura e oportuniza ao professor a descobrir novos talentos. As obras literárias são lidas em grupos e apresentadas em sala de aula através de paródias, literatura de cordel, poesias, seminários e peças teatrais.             Este trabalho pode ser implantado tanto com os alunos do Ensino Fundamental, como do Ensino Médio. Os discentes lêem as obras selecionadas  de acordo com o momento estudado na literatura e apresentam de forma lúdica aos outros colegas de sala ou até mesmo para alguns convidados.

Tem-se como exemplo um projeto elaborado pela professora de Língua Portuguesa, da Escola Wilebaldo Aguiar, de Massapê, aplicado nas segundas e terceiras séries do Ensino Médio, com o objetivo de  os alunos aprenderem de forma mais prazerosa, os livros selecionado pelo professor. Este projeto também foi aplicado com os livros do vestibular da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).

Vejamos um exemplo de uma das apresentações, em forma de paródia, com o resumo de “Senhora”, de José de Alencar, aplicado na segunda série do Ensino Médio. A paródia é uma  adaptação  da música “Só hoje”, de Jota Quest.

Esta história aconteceu no Rio de Janeiro
Aurélia Camargo estava apaixonada
Era uma coisa normal

Seu grande amor era Fernando Seixas e por ele estava louca
Um amor que ninguém nunca viu
Que ninguém nunca viu

Decidiram então se casar
Depois de um tempo a abandonou
Atraído pelo dote de Adelaide Amaral

Aurélia decidiu logo se vingar de Seixas
Com uma herança inesperada
Do avô que ela recebera
Era preciso

A moça lhe ofereceu cem contos de réis
Se ele quisesse se casar
Viu a noiva só no dia do seu casamento
Aurélia mostrou o recibo da compra

Seixas pagou a dívida, limpando sua honra, com uma despedida
Mas se abraçaram loucamente e viveram felizes para sempre.

A paródia foi apresentada com a melodia de um violão e a ajuda dos alunos que acompanharam lendo a cópia da paródia distribuída pelo grupo. Depois da apresentação, os alunos da equipe fizeram um estudo crítico e responderam as perguntas  dos colegas de classe, do professor e dos convidados, transformando a sala de aula em um lugar de debates e discussões acerca do livro e do momento em que ele está inserido, fazendo muitas vezes uma comparação dos acontecimentos e temáticas da obras com os dias atuais.

Embora a paráfrase de obras literárias, principalmente os indicados pelos vestibulares e textos em geral, seja muito comum em livros didáticos e na Internet, este método continua sendo eficiente para ser trabalhado em sala de aula para que o professor possa observar se o aluno compreendeu o texto ou a obra lida. De acordo com  Condemarín e Medina (2005, p. 45): “Essa ação obriga os alunos a reorganizarem os elementos do texto  de maneira pessoal, o que revela sua compreensão. A paráfrase proporciona mais informação sobre  o que os alunos realmente pensam sobre a história do que quando se pede uma opinião geral a respeito desta.”

O jogo de adivinhação é outra forma  para ensinar leitura. Através de perguntas e passagens importantes das obras lidas os alunos devem adivinhar  a que obra pertence.

Todas as estratégias de ensino da leitura são válidos, só basta que os professores saibam e transmitam aos alunos o real conceito, função e importância do saber ler para construir leitores críticos e participativos. Um dos processos para este acontecimento é o docente avaliar de forma coerente  a leitura  dos alunos para obter resultado e saber ensiná-los com eficiência.

Além da leitura, tem-se a escrita que é uma das formas superiores de linguagem, requer que a pessoa seja capaz  de conservar a idéia que tem em mente, ordenando-a numa determinada seqüência  e relação, ou seja, planejar e esquematizar a colocação correta de palavras ou idéias no papel. Este processo é um tanto complicado até mesmo para grandes escritores , quem dirá para nós, simples mortais. Vejamos os versos do grande poeta do Modernismo brasileiro Carlos Drummond de Andrade.

“Gastei uma hora pensando um verso
Que  a pena não quer escrever
No entanto ele está cá dentro
Inquieto, vivo
Ele está cá dentro
E não quer sair.”

No entanto escrever não é apenas uma questão de gramática, de morfologia ou de sintaxe, não é uma questão de executar, certo ou errado, determinados padrões lingüísticos. Não é tão pouco formar frases, nem sequer juntá-las, por mais bem formadas que elas estejam.

Condemarín e Medina (2005, p. 63) firmam que: “Escrever ou produzir um texto é um ato fundamentalmente comunicativo, assim, para aprender a escrever  é necessário enfrentar  a necessidade de comunicar algo em uma situação  real, a um destinatário real, com propósitos reais.”

Em outras palavras é ativar sentidos e representações já sedimentados que sejam relevantes num determinado modelo de realidade e para um fim específico; é antes de tudo, agir, atuar  socialmente; é, nas mais diferentes oportunidades realizar atos convencionalmente definidos, tipificados pelos grupos sociais, atos normalizados, estabilizados em gêneros, com feição própria e definida.  É uma forma a mais de, tipicamente,  externar intenções, de praticar ações, de intervir socialmente, de “fazer”, afinal.
Para que ocorra o aprendizado da escrita é necessário que se compreenda a real função dela. Função esta que é muitas vezes ignorada pelas escolas por elas terem  o único objetivo de os alunos aprenderem redação. Assim afirma Kaufman (1995, p. 51):

 “ O absurdo da escola tradicional é que se escreve nada para ninguém. Todo o esforço que a escola tradicional pede à criança é o de aprender a escrever para demonstrar  que sabe escrever.”

O problema acima citado é comum nas escolas, mas é de fácil resolução. Uma das formas de buscar uma eficiente aprendizagem  na escrita, é antes de o professor  iniciar o ensino, planejar-se. O planejamento é algo importante não só na escola como também na vida pessoal. O objetivo do planejamento é de o educador levar  em consideração o que os discentes sabem  e o que eles ignoram, podendo assim formular projetos de escrita que incentivem  os alunos a quererem produzir algo.

“Um projeto de escrita pode ser concebido como um todo: por exemplo, um livro de poemas, um jornal da classe, um guia turístico; ou como parte de um projeto mais amplo. Por exemplo, uma carta ao gerente de uma  indústria que se deseja visitar, um cartaz para anunciar uma competição esportiva, etc.” (Condemarín e Medina, 2005, p. 65)

Com o trecho acima enfatizo  os benefícios dos projetos que contam com algum receptor dos materiais escritos, conhecidos e desconhecidos, mas leitor em potencial dos textos que serão produzidos, já que ninguém, fora dos muros escolares, escreve para ninguém. Sempre há um destinatário.

Estes projetos têm  como objetivo incentivar os alunos a melhorarem a escrita, pois conscientes de que dentro da escola os únicos destinatários são seus professores e seus pais, eles não têm uma real vontade para melhorar suas produções. Muitos argumentam que o professor ou os pais entendem as letras deles, mesmo que  o traçado não seja legível, que sabem que são fracos na ortografia e que quando não são claros no que escrevem  os professores ou os pais perguntam.

Com a aplicação desses projetos, os textos escritos  pelos alunos passam a ter um outro sentido e a partir disto eles  começam a se preocupar tanto com o conteúdo como com a escrita e, conseqüentemente, melhoram a aprendizagem neste quesito.

Um outro ponto importante que o professor de Língua Portuguesa precisa saber é que ele é um educador do pensamento e da interioridade dos alunos, pois  a função do professor de redação é de orientar o aluno através da leitura de textos ou  contação de histórias que se relacionem aos temas dados em sala de aula para que eles desabrochem na escrita. Por exemplo, o educador  pode solicitar  que  o aluno disserte  um texto sobre a desigualdade social, e antes da produção  ele pode ler a poesia “O bicho”, de Manuel Bandeira que relata a triste situação de alguns seres humanos. 

O ato de escrever é uma atividade individual e solitária. É o momento em que se fecham as portas do exterior e se abrem as portas do mundo interior para nele o indivíduo mergulhar. Então, mesmo que  o objetivo da escrita seja um acontecimento, algo relacionado a uma realidade basicamente física, é difícil para o discente escrever. Isso por que a realidade interior somente adquire significado e organização a partir de uma realidade exterior sob o prisma da realidade interior.

Resumindo, se o aluno não tiver a ajuda do professor com leituras, debates ou discussões específicas a cada trabalho, ele, se não for acostumado a viver sós com os pensamentos e sensações, se não tiver um interior com idéias organizadas e concretas, possivelmente, ao se deparar com um tema e uma folha em branco, se perderá no emaranhado de suas idéias, pensamentos e sentimentos.  O mundo interior estará confuso e desorganizado e, consequentemente, não saberá qual caminho seguir e tão  pouco como começar.

Como mais um exemplo deste trabalho de ajuda, destaco o projeto da professora Maria Margarida Simões Catali, ganhadora do Prêmio Victor Civita na categoria de Língua Portuguesa. Em 1999, ela explorou fábulas com seus alunos de 5ª série. Eles aprendiam detalhes dessa proposta narrativa enquanto refletiam sobre a própria conduta, a dos colegas e a da sociedade. Lendo e interpretando “A Cigarra e a Formiga”, de La Fontaine, todos discutiam diversas morais possíveis para a história. Depois, cada um produziu um texto defendendo seu ponto de vista.

A produção textual em grupo e o uso do borrão são maneiras eficientes de melhorar a  escrita. O primeiro, através de debates com os colegas, ativa a idéia de quem tem dificuldade em produzir texto. Além de ser uma forma de um avaliar o texto do outro, indicando os erros ou melhorando passagens do que está escrito ou expressões. Este trabalho estimula a leitura crítica e estabelece relações  de ajuda recíproca entre eles, transformando-os em verdadeiros avaliadores. O professor de Português pode criar uma ficha de avaliação para ajudar e orientar os alunos na prática da avaliação. Os itens usados como elementos de uma ficha de auto-avaliação ou de avaliação em grupo pode ser modificada, de acordo com a vontade do professor ou o nível e vontade dos alunos.

Observemos abaixo um modelo de ficha de avaliação.

Escola:

Aluno = Autor:          Nº          Série= Classe:
O = Ótimo                 B = Bom                    R = Regular
Ficha de Avaliação
Aspectos Estéticos
Aspectos Estilísticos
a. Legibilidade da letra

a. Repetição de palavras
b. Paragrafação

b. Frases longas
c. Margens irregulares

c. Emprego de palavras desnecessárias
d. Travessão

d.  Escrever como se estivesse falando
e. Ausência de rasuras

Aspectos Estruturais
Aspectos Gramaticais
Este aspecto  é diferenciado  para cada redação, principalmente se os gêneros forem diferentes. Esse é o aspecto principal da avaliação.
a. Ortografia

b. Acentuação

c. Concordância

d. Pontuação

 Obs: Apontar os erros na redação do colega a lápis.

Antes de aplicar a ficha de avaliação, o professor deve exigir a elaboração do rascunho. O aluno precisa saber o motivo da exigência e a utilidade do rascunho, pois tal fase é feita naturalmente pelo escritor, pelo jornalista, pelo pinto, pelo desenhista, pelo advogado e outros profissionais que dele necessitam para um bom resultado do trabalho. Só os broncos e arrogantes dispensam o rascunho.
Precisa ficar bem claro para o aluno (são muitos os que não gostam de utilizar o borrão em suas tarefas de produção textual)  que o rascunho não é apenas uma exigência chata do professor, assim como ele precisa saber usá-lo. Se o discente mecanicamente passa do borrão para o texto definitivo, sem uma leitura crítica (sua ou de seu colega)  ele de fato vai se tornar uma atividade enfadonha e não haverá possibilidade da observação dos erros ou da organização das idéias.
Como forma de educar o aluno para a feitura do rascunho, já que este procedimento é importante para o ensino-aprendizagem da escrita,  é bom pedir para cada  um entregá-lo a um colega para que os olhos estranhos procedam à revisão. Quando o texto for feito em casa, pede-se para o aluno “deixar o texto dormir” , ou seja, só passar a limpo horas depois ou no dia seguinte. Assim, ele ganhará distanciamento   crítico e descobrirá os erros que seriam despercebidos caso passasse  a produção textual a limpo imediatamente.
Tanto a aprendizagem da leitura como da escrita só terá um bom desenvolvimento, se o professor tiver o hábito de ler e de escrever, pois só assim ele será mais tolerante tanto na hora de avaliar as produções textuais dos alunos como também  na hora de selecionar os textos para serem lidos. Não dá para  ensinar futebol sem nunca ter praticado o esporte. Então? Como ensinar  a ler e escrever sem nunca ter lido ou redigido um texto na vida?
Uma outra dificuldade que envolve um bom desenvolvimento tanto da leitura  como  da escrita  é a tão cobrada ortografia, ou seja, a escrita bonita. E é por valorizar esta escrita bonita que muitos professores pecam ao avaliar os textos dos alunos, causando assim um grande desestímulo por parte dos mesmos e retardando  o aprendizado não só da ortografia como também da escrita e da leitura.
“Quando se considera em primeiro lugar os erros ortográficos ao avaliar o texto, sem antes dar atenção suficiente ao seu conjunto, provoca-se uma deterioração na relação do aluno com o ato de escrever revelando uma concepção limitada da escrita. Nesse sentido, as excessivas correções ortográficas acabam levando o aluno a empobrecer seus escritos para evitar correr o risco de cometer muitos erros que serão sancionados pelo professor”. ( Condemarín e Medina, 2005, p. 67)
A ortografia é importante dentro de um texto, mas não se deve fazer drama em cima dos erros ortográficos e sim a partir deles tentar ajudar os alunos. São muitos os procedimentos para orientar  os discentes para não escreverem  errado.
Na  hora do planejamento não colocar no plano mensal a ortografia exigida pelo plano anual para aquele dado mês, mas observar , através das produções textuais dos alunos os erros ortográficos mais repetidos. Assim, trabalhar-se-á as deficiências ortográficas mais necessárias a cada turma.
Além de se trabalhar a ortografia correta sem seguir um plano, apenas por exigência para aquela série, sem saber qual a real necessidade do aluno, pode-se chamar, dependendo do erro cada discente para uma conversa amigável, sem fazer escândalo com os erros, ou então comentá-los na lousa, sem dizer de quem são os erros, pois o objetivo deste método é evitar que outros cometam os mesmos erros e não constranger o aluno. Esses comentários devem ser feitos de forma bem natural para que os alunos aprendam  ao invés de ficarem tensos ou de zombarem dos que erraram.
A leitura e a escrita são muito importantes na aprendizagem da ortografia, pois quanto mais o aluno ler e produz texto, mais ele entra em contato com as palavras e consequentemente aprende, sem a imposição ou os recadinhos, muitas vezes negativos, de  certos professores tradicionalistas que acabam desmotivando o aluno não só a deixar de produzir os textos por acharem que não sabem escrever, como também de perderem a oportunidade de aprender a  escrever corretamente.
Como  forma de ensinar  ortografia aos alunos é transformar estas aulas em algo prazeroso. Uma dica é fazer dinâmica em sala de aula ou fora dela.
Vejamos um exemplo de uma ótima aula de ortografia em que os alunos aprendem sem muita cobrança. Este método pode ser aplicado tanto para os alunos do Ensino Fundamental como para o Ensino Médio.
Primeiro passo: Dividir os alunos em grupos. Segundo passo: Colocar várias palavras de um mesmo trabalho ortográfico ( como por exemplo: s, ss, sc, xc. ç ) e dividir em colunas na quantidade de grupos. Terceiro passo: Pedir para um aluno de cada         grupo escolhido, depois de uma observação em grupo, ir até o quadro e preencher os espaços em branco referente ao seu grupo. Quarto passo: Após o término da atividade, os  próprios alunos observarão se as palavras estão escritas corretamente ou erradas. Caso estejam erradas justificar o erro e consertar.
Esta atividade proporciona um debate em sala de aula e o aluno aprende de forma mais agradável e menos enfadonha, diminuindo as dificuldades na aprendizagem ortográfica.

CONCLUSÃO
Para Condemarín e Medina (2005, p. 67) “A ortografia não constitui um aspecto separado  do conjunto do texto; ao contrário, para que os alunos avancem em suas competências ortográficas, é necessário que considerem o conjunto do que escreverem, dado que muitas vezes os erros ortográficos decorrem de uma má percepção dos aspectos pragmáticos, semânticos e morfossintáticos do texto...”
Resumindo, sem contrariar as idéias do escritor escolhido, a ortografia, a leitura e a escrita estão interligados, ou seja,  para aprender a ler, precisa-se da ortografia, para aprender a escrever, precisa-se da leitura e da ortografia e assim sucessivamente.
As dificuldades na leitura, na escrita ou na ortografia só irão melhorar quando boa parte dos professores de Língua Portuguesa, preocuparem-se com o verdadeiro aprendizado do aluno e deixarem um pouco de lado os planos que não são compatíveis aos níveis dos discentes.
  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONDEMARÍN, Mabel; MEDINA, Alejandra. Avaliação Autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima  Murad. Porto Alegre: Artmed, 2005
GERALDI, João Vanderley (org). O texto na sala de aula. 3ª ed. São Paulo. Ática, 1999.
KAUFMAN, Ana Maria Rodriguez. Escola, Leitura e Produção de Textos. Tradução Inajara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995
MOREIRA, Nadja da Costa Ribeiro. Orientações  para o ensino da leitura. Revista de letras, nº 07 (1/2) UFC
SMITH, Frank. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do aprender a ler. 4ª ed. Tradução de Daise Batista. Alegre: Artmed, 2003

Sobre dificuldade de leitura no 5º ano

As dificuldades de leitura vêm suscitando desde há muito tempo o interesse de psicólogos, psicopedagogos, professores e outros profissionais interessados na investigação dos fatores implicados no sucesso e/ou insucesso escolar.
A psicopedagogia apoiada em outras ciências como pedagogia, psicologia, neurologia, psicolingüística, psicanálise ocupa-se do processo de aprendizagem humana seus padrões de desenvolvimento e a influência do meio nesse processo.
Portanto o aluno que apresenta dificuldade de leitura sente-se desestimulado para prosseguir no aprendizado escolar, à medida que o volume e a complexidade dos textos a serem lidos aumentam.
Portanto, as dificuldades de leitura dos alunos é um dos fatores que mais preocupam professores que atuam no quinto ano do Ensino Fundamental. Tendo em vista essa problemática, nos perguntamos: Quais as dificuldades vivenciadas pelos alunos no processo de leitura? Como é feito o diagnóstico das dificuldades de leitura dos alunos? Que ferramentas metodológicas os professores utilizam para auxiliarem os alunos a superarem essas dificuldades de leitura?
Cientes da relevância dessa problemática, minha pretensão neste trabalho é mostrar como os professores que atuam no 5ª ano do Ensino Fundamental I numa escola da rede pública enfrentam o desafio de diagnosticar e apoiar os alunos na superação de suas dificuldades de leitura.
Compreende-se a leitura como uma atividade que envolve a construção de sentidos e não como uma simples técnica de decodificação de letras em sons da fala. Ler, no sentido pleno da palavra, é construir um sentido para o texto. Consideramos que alguém ler quando compreende o que lê, quando constrói significado com base na informação escrita.
A decodificação, ou seja, o estabelecimento das correspondências entre sons e letras é apenas um dos fatores envolvidos no processo de leitura e em seu aprendizado inicial.
Inúmeros estudos têm revelado a dificuldade do sistema público de ensino de lidar com o desafio de promover uma prática pedagógica que propicie aos alunos vivenciar a leitura como um processo de construção de sentidos intimamente associados às demandas pessoais e sociais de seus contextos de vida. As estatísticas de evasão escolar e os baixos índices de aproveitamento dos alunos detectado pelos testes de avaliação do ensino básico (SAEB) refletem a dificuldade da escola em democratizar o acesso à leitura, sobretudo, a alunos provenientes das camadas populares.
Em geral, na escola, a leitura tem se reduzido a um exercício mecânico de cumprimentos de tarefas e demandas estritamente escolares, que dissocia as atividades de leitura das práticas sociais comunicativas, acabando por produzir um “modelo escolar” de utilização do texto escrito, que escamoteia seus diversos gêneros, suportes e contextos comunicativos. Como resultado, a aprendizagem da leitura ocorrida no espaço escolar não pode ser transferida para a vida cotidiana.
Considero o caráter complexo e multidimensional da leitura, e a dificuldade da escola em propiciar um ensino condizente com a leitura em seu sentido amplo, é de se esperar que os alunos apresentem marcantes dificuldades em seu processo de aprendizagem da leitura ao longo de sua jornada escolar.
Desse modo, quando se fala das dificuldades de leitura é muito importante que sejam consideradas as mais diversas causas que possam estar associadas a elas. Conforme José e Coelho (2004, p.83), essas causas podem ser de natureza:
Orgânicas: cardiopatias, encefalopatias, deficiências sensoriais (visuais e auditivas), deficiências motoras (paralisia infantil, paralisia cerebral, etc.), deficiências intelectuais (retardamento mental ou diminuição intelectual), disfunção cerebral e outras enfermidades de longa duração.
Psicológicas: desajustes emocionais provocados pela dificuldade que a criança tem de aprender, o que gera ansiedade, insegurança e autoconceito negativo.
Pedagógicas: métodos inadequados de ensino; falta de estimulação pela pré-escola dos pré-requisitos necessários à leitura e à escrita; falta de percepção, por parte da escola, do nível de maturidade da criança, iniciando uma alfabetização precoce; relacionamento professor-aluno deficiente; não domínio do conteúdo e do método por parte do professor; atendimento precário das crianças devido à superlotação das classes.
Sócio-culturais: falta de estimulação (criança que não faz a pré-escola e também não é estimulada no lar); desnutrição; privação cultural do meio; marginalização das crianças com dificuldades de aprendizagem pelo sistema de ensino comum.
Dislexia: um tipo de distúrbio de leitura que colocamos como causa porque provoca uma dificuldade específica na aprendizagem da identificação dos símbolos gráficos, embora a criança receba estimulação e ensino adequados.
O estudo das dificuldades de leitura requer, portanto, um olhar multifacetado e profundo que envolva diversos campos de estudos e busque dar conta de fatores de diversas ordens, evitando, a todo custo, responsabilizar os alunos e suas famílias pela dificuldade de acesso à leitura com base em preconceitos quanto à sua origem sócio-cultural ou uma abordagem que se restrinja a fatores estritamente biológicos ou didáticos.
É de suma importância que os professores possam identificar o quanto antes às dificuldades de leitura dos alunos, buscando investigar os fatores envolvidos nessas dificuldades para que possam apoiá-los em seu processo de aprendizagem.
Para tanto, o professor deve trabalhar em cooperação com os alunos que apresentam dificuldades, com a família desses alunos, com os professores desses alunos em anos anteriores, com a equipe técnico-pedagógica e administrativa da escola.
Vale ressaltar que para ter acesso a um diagnóstico cuidadoso e mais preciso das dificuldades de leitura e o conseqüente desenvolvimento de estratégias de intervenção para ajudar os alunos a superá-las, muitas vezes, o professor necessita contar com o apoio de outros profissionais, tais como, fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos.
Mesmo sendo um caminho longo e difícil de ser trilhado, o professor deve encarar o desafio de diagnosticar e intervir satisfatoriamente nas dificuldades envolvidas no processo de aprendizagem da leitura, partindo da premissa que seus alunos são potencialmente capazes de atuar ativamente na construção do conhecimento e na superação dos obstáculos que dificultem o acesso a saberes que são necessários e significativos.
Ao estudar sobre o assunto me deparei com queixas, quanto aos tipos de dificuldades que os alunos apresentavam para ler os textos trabalhados em sala de aula, as professoras e os alunos apontaram como principais as dificuldades típicas do processo inicial de alfabetização, como o não domínio da habilidade de decodificação, um processo de leitura pouco fluente e que não conseguia dar conta da compreensão do texto. Alguns alunos afirmam considerar o livro didático de Português utilizado pela professora como sendo de difícil compreensão por conter textos longos e letra pequena.
Ao analisar as indagações das professoras, observa-se que o trabalho com a leitura dos alunos é difícil e solitário, requer muito esforço, compromisso, paciência e, acima de tudo, a disposição e a formação para assumir o desafio de alfabetizar alunos que já deveriam ter sido alfabetizados nas séries iniciais do ensino fundamental, numa realidade que envolve salas superlotadas, falta de recursos para trabalhar em sala, ausência da família no acompanhamento escolar.
Vale ressaltar que os alunos apontam o empenho por parte das professoras no sentido de apoiá-los na superação de suas dificuldades de leitura, lançando mão de músicas, poesias, histórias infantis, jogos educativos e brincadeiras. Contudo, reclamam que as salas são numerosas e barulhentas, o que acaba dificultando o trabalho das professoras, e uma atenção mais individualizada aos alunos ainda em processo de alfabetização.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Olá visitantes,

Recentemente, foi notícia na imprensa a criação de um Disque-Denúncia, em Minas Gerais, para socorrer os professores que sofrerem algum tipo de agressão no trabalho, inclusive a violência praticada por alunos. O Jornal Virtual desta semana apresenta o artigo da pedagoga Angelica Bocca Rossi, que faz um desabafo, mas também analisa as causas da educação brasileira chegar a essa situação. Gostei da materia e isso me faz refletir sobre como somos tratados. Fico muito indignada com o descaso das autoridades e ainda mais sobre o desrespeito de alunos e responsáveis diante de nossa profissão. Eu, pelo menos a escolhi por considerá-la a mais linda... Acredito na educação e acredito que podemos mudar muitas coisas que hoje são tidas como pontos negativos...
No mais desejo que todos tenham uma...

Boa leitura!

Eu não sabia que era errado...

“Um professor pediu demissão da escola depois que um aluno adolescente interrompeu uma reunião e tentou esfaqueá-lo” – trecho da reportagem divulgada no Jornal Nacional de 8 de fevereiro.
Quando me formei em 1982, no extinto curso Magistério – equivalente ao ensino médio, profissionalizante –, houve em minha casa uma grande festa. Lembro-me do meu avô orgulhar-se em dizer aos amigos e vizinhos: “a minha neta é professora”. Fico imaginando o que ele diria hoje; talvez: “Coitada da minha neta, formou-se professora” ou, ainda, “minha neta, que é professora, precisa de seguro de vida para exercer sua profissão”.
A televisão tem apresentado um comercial que valoriza a figura do professor, mas isso não será suficiente se antes de se demonstrar o “valor” do professor, não for devidamente informado, demonstrado e aplicado tudo sobre os deveres das crianças e dos adolescentes.
Tenho visto muitos pais esbravejarem os direitos de seus filhos, outros acuados e, em algumas vezes, amedrontados com o perigo de serem “presos e condenados”, por tomarem a atitude de educar seus filhos com palmadas corretivas, coisa, aliás, que muitos de nós recebemos e merecemos, contudo não nos frustramos tão pouco nos desequilibramos e, muito pelo contrário, somos pessoas do bem, valorizamos a honestidade, nos preocupamos com nossa imagem e reputação, gostamos de trabalhar, de nos reunir com amigos, somos prestativos e temos muito prazer nisso tudo.
Os direitos estão tão à frente dos deveres, que hoje vemos jovens fortes, robustos e bem alimentados sentados confortavelmente (em um ônibus, por exemplo), enquanto que mulheres grávidas ou com crianças de colo e idosos ficam em pé, e esses jovens têm tanta certeza de seus “direitos”, que não se lembram de que as outras pessoas também têm os mesmos direitos – tomara que eles não precisem se sentar quando chegar a velhice, se chegar.
Está passando a hora de ensinarmos e exigirmos que as pessoas conheçam melhor e apliquem adequadamente os deveres e só se preocupem com os direitos quando uma situação lhes trouxer prejuízos, como era em nosso tempo de criança.
Está na hora de se definir os papeis, pois não é responsabilidade do professor ensinar aos nossos filhos os princípios de educação, aquelas palavrinhas “mágicas” (“por favor”, “obrigada” e “com licença”), e tão pouco ensinar que não se mexe no que não é seu porque você não tem o direito, mas tem o dever de respeitar o que é do outro.
Está na hora de se definir os papeis, pois não é responsabilidade do professor ensinar aos nossos filhos os princípios de educação, aquelas palavrinhas “mágicas” (“por favor”, “obrigada” e “com licença”), e tão pouco ensinar que não se mexe no que não é seu porque você não tem o direito, mas tem o dever de respeitar o que é do outro.
Os pais não chamam a atenção dos filhos malcriados e quando esses são repreendidos, os pais se ofendem e vão defender os filhos – como se ameaçar um professor, responder a uma pessoa mais velha ou ficar falando palavrões fosse apenas o direito dele.
Existe uma frase, muito inteligente, que diz assim: “É melhor você chorar hoje do que eu chorar amanhã.” Certamente, se os pais daquele menino (da notícia do começo deste texto) o tivessem deixado chorar ao invés de fazerem todas as suas vontades, hoje eles não seriam manchete negativa na televisão, contudo, hoje são eles que choram, mas, acreditem, esses pais irão buscar a “justiça” para defender o seu filho e, o professor ameaçado ainda será culpado, porque a justiça é cega, surda, muda, porém burra.
É sempre melhor ensinar do que lamentar...

Texto da pedagoga Angelica Bocca Rossi, assessora para assuntos educacionais do ensino superior, enviado ao Jornal Virtual.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

planos de aula

Falar um pouco de mim para os alunos.
Pedir para cada aluno se levantar e se apresentar para a turma dizendo seu nome, bairro onde mora, nome dos pais, ...

Convidar os alunos para um bate-papo e perguntar o que gostariam de aprender, o que esperam de você e, principalmente, peça a eles que dêem sugestões para o dia-a-dia.

Deixar claro o que espera dos alunos e quais são seus planos para o ano letivo que está começando.

Para o primeiro dia de aula:
Texto:

(Passar no quadro)
ESTE ANO SERÁ UM SUCESSO SE...Este ano será um sucesso se...houver um sorriso de otimismo,um sonho de beleza em seu coração epoesia nas pequenas coisas: na simplicidade da flor,na inocência das crianças, no silêncio interior,na amizade, no momento presente,na oportunidade de ser bom, ser amigo e compreensivo;sensível ao sofrimento alheio,grato ao passado que lhe proporcionou experiências para o futuro.Este ano será um sucesso se...você for franco sem ferir,tiver fé em si, no próximo e em Deus e,acima de tudo, expressar o que pensa do outrocom uma palavra de carinho, de apoio,de reconhecimento, de bondade e encorajamento.Este ano será um sucesso se...você souber vencer a preguiça, o orgulho,a indiferença ao sofredor, a tentação da riqueza, da intriga e da inveja,da intolerância ao ignorante, ao que tem idéias diferentes das suas,ao menos inteligente, ao egoísta, ao mesquinho.Este ano será um sucesso se...você socorrer a quem precisa, aconselhando-o,estendendo-lhe a mão, dando-lhe ajuda no momento certo,economizando bens materiais,esbanjando amor e solidariedade,entendendo a criança e o idoso,o adulto que não teve infância e aquele que não sabe amar.Este ano será um sucesso se...você der um “bom dia” de coração eenfrentar com esportividade as desventuras, semear a paz e o amor,vibrar com a felicidade alheia, com a beleza do sol acordando o dia,com a gota de orvalho na flor.Este ano será um sucesso se...você valorizar cada vitória e o mundo de oportunidadesque se abrirem diante de você e,começar cada dia com Deus!Se você for sensível a tudo isso,então este ano será um sucesso para você epara os que viverem ao seu redor!INTERPRETAÇÃOPense no texto, no ano que inicia e responda:1) O que você fará para que seu ano e o das pessoas que o rodeiam na escola, na família e amigos seja um sucesso?2) Para você, que atitudes e sentimentos podem fazer com que o ano não seja um sucesso?3) Explique a segunda estrofe do texto com suas palavrasNo texto diz que “este ano será um sucesso se você enfrentar com esportividade as desventuras...” O que será que o autor quer dizer com esta expressão?4) Procure no dicionário o significado das seguintes palavras:Intriga: •Intolerância: •Mesquinhez: •Solidariedade: •Agora, escreva frases com estas palavras.OBS.:Solicitar aos alunos que leiam o texto com a família, conversem sobre ele e elaborem duas regras para uma boa convivência durante o ano.No outro dia, retomar o texto. Cada aluno lê suas regras e, juntos elaborar as regras da turma.




Dinâmica:

Desenho livre

Atividade:

dar uma folha para cada aluno e pedir para que escrevam nesta folha, quais as expectativas para o ano letivo que se inicia; o que achou da nova professora; o que achou dos colegas; e finalmente escrever uma mensagem para a professora.
Dar ficha de auto-avaliação; (xérox)

Dar a folha dos direitos e deveres do aluno.
“Vivemos num mundo que se transforma, que nos transforma e que é transformado por nós...
...Mais do que aprender a fazer, o ser humano de nossos dias deve ser formado para aprender a aprender. E esse aprendizado precisa realizar-se de maneira coletiva, com uma visão ampla e não fragmentada.”

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


fonte: ?????... assim q descobrir prometo q colocarei...
Luciana Moraes

LIVRINHO PARA O INÍCIO DAS AULAS

 








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ENCONTREI ESTE LIVRINHO NO BLOG DA AMIGA ANINHA:
http://letrinhasecompanhia.blogspot.com/

http://misturadealegria.blogspot.com

Atividades de História para o 4º ano do Ensino Fundamental




 
 
 


 
 
 































 



















 fonte: http://alinnemeucantinho.blogspot.com/
Nem especial, nem regular, nem pra "normais", nem pra "deficientes"...apenas educação, porque chegará o dia que educação será uma coisa só.

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